Reinaldo

Comentário: Ricardo Carvalho @Reinaldo_Cruz #QuestãoBrasil @Dribles_ @QB_7

Olha só quanta coisa importante aconteceu de sexta-feira para cá: na própria sexta terminou na ONU, em Nova York, o primeiro encontro que analisou o documento preparatório da Rio+20.
Ontem, terminou, em Porto Alegre, o Fórum Social, que reuniu os movimentos sociais para um debate sobre a conjuntura mundial e o tema dominante foi a Rio+20. Terminou também em Davos, na Suíça, o fórum econômico que reúne, uma vez por ano, presidentes de importantes empresas do mundo para discutir estratégias de ação
Conversei com pessoas que participaram dos 3 encontros e se colocar o que recolhi de informações num liquidificador, eu poderia dizer que o resultado desta mistura é, no mínimo, surpreendente.
Se de um lado é compreensível que o fórum social de porto alegre faça duras críticas ao capitalismo, foi de alguma forma surpreendente que os empresários mais poderosos do mundo reunidos em Davos, também tenham feito críticas ao mesmo capitalismo. Em Davos o tema predominante foi sustentabilidade e muito se debateu sobre consumo sustentável. Em Porto Alegre a mesma coisa: o consumo foi tema de alguns encontros.
Os dois fóruns também trataram da participação na Rio mais 20.
E vem a pergunta que não quer calar. Será que já não está na hora de lados tão opostos em sua visões de mundo se prepararem para um possível diálogo em busca de soluções reais para o enrosco que a humanidade toda está metida: a crise financeira da Europa, as mudanças climáticas devastadoras, a enorme desigualdade entre pobres e ricos e outras tantas mazelas?
Eu, sinceramente, espero que sim, porque não tem outro caminho.
Ou o mundo encontra um ponto de equilíbrio, a partir de negociações sérias e conseqüentes, ou as coisas podem piorar ainda mais. Os lideres mundiais de governos, empresas, movimentos sociais vão ter que aprender a conviver com os seus contrários e conversar, negociar, ceder, avançar, recuar para encontrar as saídas que a humanidade precisa para viver em paz.
Tem que ser um movimento mundial, pois não há mais espaço para soluções caseiras. O que se faz neste lado do mundo é lógico que afeta, de alguma forma, o cotidiano de chineses, por exemplo.
Já as mudanças climáticas são uma realidade duríssima, principalmente para os mais pobres que sofrem com as enchentes, furações, tornados....
É neste contexto mundial da necessidade do diálogo que a rio + 20, em junho, pode assumir uma importância ainda maior, ao se tornar o primeiro grande palco de negociações e encontros multilaterais pós Davos e Porto Alegre.
É lógico que as coisas não mudarão da noite para o dia, mas pode ser que haja uma luz no final do túnel e vamos torcer para que não seja o trem ao contrário.


Fonte: TV Gazeta

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