Reinaldo

Rejeitos de mineração alteram modo de vida nas margens do Rio Doce

Em Naque, a onda de lama amontoou peixes mortos na beira do Rio Doce e também causou a suspensão da captação. A Copasa precisou interromper o sistema mesmo se abastecendo do Rio Santo Antônio, já que a mancha de lama invadiu o afluente. 

Em Resplendor e Tumiritinga, a companhia de saneamento também teve que desligar as bombas para não distribuir água sem condições de tratamento.

Na avaliação do professor Duque-Brasil, a biodiversidade foi arrasada no Vale do Rio Doce. 

“O dano ambiental é irremediável, pois tudo o que respira no ecossistema está morrendo: peixes, tartarugas, pequenos mamíferos e aves. Houve interrupção na cadeia alimentar”, diz. Para as matas ciliares, as consequências foram igualmente nocivas. Com a lama de mineração, o assoreamento do Rio Doce vai aumentar. 

“É engano dizer que esta lama não é tóxica. São resíduos do minério que estão lá e vão formar uma camada, em todo o curso, liberando, aos poucos, substâncias tóxicas. Este ano o rio não conseguiu chegar ao mar, no Espírito Santo. Imagine uma situação dessas em um rio que recebe uma carga desse tipo, de repente”, afirmou. 

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